Vinhos do Porto

 

Você conhece os diferentes tipos de vinho do porto? Aliás, conhece sua origem?

O vinho do Porto é um vinho fortificado originário exclusivamente do Douro, no norte de Portugal. Foi um dos primeiros vinhos a ser exportado e colocado em garrafa de vidro.

É largamente respeitado como um dos melhores vinhos do mundo e é há gerações, parte integrante da cultura do vinho em Portugal, habitualmente referido como o Embaixador de Portugal. No entanto a verdade é que, o Vinho do Porto como o conhecemos hoje, rico em grau alcoólico e quase sempre de sabor doce, foi talhado ao gosto dos ingleses.

Há registos alfandegários do século XVII da exportação de vinhos designados «do Porto». Quando o Tratado de Methuen assinado entre Portugal e Inglaterra em dezembro de 1703, incidiu exclusivamente sobre as relações comerciais entre Portugal e a Inglaterra, a exportação aumentou significativamente.

Porém era preciso oferecer o que o mercado inglês consumia. A transformação no Vinho do Porto que conhecemos hoje, um vinho encorpado quando jovem, rico em álcool e quase sempre doce*, um produto reputado foi um processo lento, feito de sucessivas experiências para adaptar um vinho naturalmente forte e áspero, num outro mais suave que correspondesse ao gosto do mercado e aos condicionalismos temporais das viagens e dos estágios mais ou menos prolongados nas docas de Londres e nos armazéns ingleses.

Levaria algumas décadas para o vinho do Porto tornar-se um produto admirado pelas elites inglesas. Só quando o seu perfil foi adaptado ao gosto britânico, a sua procura começou a aumentar, tal como o preço. Suplantou na procura, outros vinhos famosos europeus (Bordéus, Jerez) e ganhou a reputação que ainda hoje granjeia.

Muito desse legado inglês continua presente hoje, várias famílias Inglesas de negociantes passaram, entretanto a produtores de vinho do Porto com a aquisição de quintas na região do Douro. Além que muitos dos classificativos comerciais continuam a ser em língua inglesa, como por exemplo, Ruby, Tawny ou Vintage.

Nos finais do século XX com a possibilidade, pela primeira vez, do vinho do Porto poder ser estagiado e engarrafado na região**. Muitos Portugueses, produtores de uvas e vinho e fornecedores das grandes casas inglesas, decidiram terminar o abastecimento.  

Enquanto alguns optaram exclusivamente por começar comercializar com a sua própria marca, vinhos brancos e tintos, outros continuaram a fazer vinho do Porto também.

Hoje em dia, o vinho do Porto representa praticamente metade das exportações de vinho portuguesas e é vendido em mais de uma centena de países. Confirma-se assim a sua relevância em pleno século XXI.

As uvas vindimadas à mão para cestos são, quando possível, pisadas a pé nos lagares na adega. A fermentação alcoólica começa pouco depois e após 36/48 horas, quando o grau Baumé está entre os 7-8º, adiciona-se aguardente vínica***. As leveduras são mortas e a fermentação é interrompida. Obtém-se desta forma um vinho rico em açúcares naturais e com um grau alcoólico entre os 19 e os 20% de volume.

 

 

TIPOS DE PORTO

 

RUBY: são vinhos do Porto que são envelhecidos em balseiros com contacto mínimo com a madeira e o oxigênio. Após este período mantêm a cor da juventude tal qual um vinho tinto. São vinhos ricos, encorpados, concentrados com taninos polidos, muitos frutos vermelhos presentes. A doçura é contrabalançada com boa acidez. 

TAWNY: são os vinhos que estagiaram em pipas e toneis de carvalho mais pequenos, para um maior contacto com a madeira e o oxigênio.

Pelo efeito do oxigénio adquirem um “bouquet” único que só o tempo e a paciência em esperar, presentei-a quem os bebe. São vinhos elegantes, finos com longo final de boca e acidez presente. Predominam as notas de frutos secos, mel, especiarias e casca de laranja.

Apenas uma muito pequena parte de todo o Vinho do Porto produzido é engarrafado com o ano da safra. O mais famoso é o – Vintage. Produzido a partir das melhores uvas de anos excecionais, é comercializado dois anos após a vindima. É o único estilo de vinho do Porto que tem potencial de envelhecimento em garrafa.

PORTO ROSÉ: nova categoria iniciada em 2008 e inicialmente classificada como um Ruby leve, há uma variação enorme de estilos, com cores variando de um rosa claro até um rubi claro, com aromas e sabores específicos.

PORTO BRANCO: a maioria dos Portos Brancos são mantidos em tanques de inox, entretanto alguns são envelhecidos em barricas e são geralmente utilizados como material para o blending de tawnies envelhecidos. Geralmente são servidos resfriados e servidos como aperitivo.

MOSCATEL DO DOURO: produzido como a maior parte dos Portos, são envelhecidos em tonéis de madeira em torno de 3 anos e são majoritariamente encontrados no Douro no planalto próximo à cidade de Favaios.

 

 

CATEGORIAS ESPECIAIS

 

RESERVA: categoria oficialmente aprovada em 2002, tem como definição um Porto de boa qualidade obtido através da combinação de vinhos de diferentes idades. São vinhos de melhor qualidade do que um Ruby padrão, produzidos com uvas melhores e possivelmente, embora não necessariamente, envelhecidos por um tempo maior antes de serem engarrafados. O IVDP (Instituto dos Vinhos do Douro e Porto) reforça que para estar nesta categoria, a qualidade final prevalece sobre a idade total do vinho.

LBV: originário do termo em inglês “late-bottled vintage” (safra/vintage engarrafado tardiamente) é traduzido como o vinho do Porto de um único ano (safra) engarrafado entre 4 a 6 anos após sua safra. Desde a revisão na legislação de 2002, o LBV também pode ser vendido como Envelhecido em Garrafa (bottle matured), desde que fique envelhecendo por no mínimo 3 anos.

 

COMO CONSUMIR O VINHO DO PORTO

 

À exceção dos Vintages, todos os outros vinhos do Porto estão prontos para consumir uma vez engarrafados e, apesar de conseguirem manter-se em boa qualidade, não melhorarão com tempo de guarda em garrafa.

O vinho do Porto deve ter um equilíbrio perfeito entre doçura, acidez e taninos. Esta harmonia faz com que o vinho do Porto seja prazeroso e infinitamente interessante! Devem ser frescos, delicados e aromáticos – mesmo os envelhecidos. O que deve procurar é um início de boca suculento com um longo e aveludado final de boca.

Para uma melhor experiência, os vinhos do Porto devem ser apreciados à temperatura certa: Ruby’s 14-18°C; Tawnies 10-14°C. Por isso considere refrigerá-los, vai fazer toda a diferença.

Os vinhos do Porto podem ser apreciados simples à taça ou também harmonizados com sabores ricos e generosos – no sentido de complementar a sua intensidade e concentração. Queijos e sobremesas de chocolate são uma boa opção para os Ruby’s. Enquanto os doces de ovos e frutos secos são uma melhor companhia para os Tawnies.

Siga as nossas sugestões e partilhe o seu final de dia com o embaixador de Portugal.

 

*Alguns vinhos do Porto brancos são secos.

** Até então os vinhos tinham que obrigatoriamente estagiar nas caves em Vila Nova de Gaia, junto à cidade do Porto.

*** Aguardente vínica sem cor, sabor ou aroma com 77% de álcool certificada pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP)

Sobre a loja

Excepcional é aquele que melhora com o tempo, que deixa marcas, que evolui e ainda preserva sua identidade e sua essência de qualidade e sabor. Amar a tradição. Amar o paladar e a experiência. Amar o vinho. Isto é eVINTAGE. Prepare suas taças, ponha o saca-rolhas para funcionar e sinta-se em casa!

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