Sobre Portugal

 

 

HISTÓRIA DO VINHO EM PORTUGAL

 

Localizado no extremo sudoeste da Europa, com pouco mais de 92 mil quilômetros quadrados de superfície, Portugal é um país que produz vinhos desde sempre, muito antes da sua constituição em 1143.

Pelo seu clima, Portugal possui condições extremamente favoráveis ao cultivo da videira e produção de vinhos. São 194.000 hectares de vinha, na verdade todo o território continental está apto para a produção de vinhos. Diversidade na variedade de castas, cerca de 250 além de séculos de história de produção.

Antes de conhecer o país vitivinícola e as suas regiões, vamos contar um pouco de como tudo começou.

Vamos lá!

 

 

Muito provavelmente a vinha foi cultivada pela primeira vez nos vales dos rios Tejo e Sado, cerca de 2.000 anos a.C., pelos Tartessos.

Entre histórias e mitos, os vestígios mais antigos da produção de vinho em Portugal são do século VII a.C., quando os Gregos se instalaram na Península Ibérica. Está na necrópole em Alcácer do Sal (Setúbal), um vaso onde os Gregos diluíam o vinho com água antes de o beberem.

Mais tarde, com a presença dos Romanos em toda a Península Ibérica (XV a.C.), estes contribuíram para a modernização da cultura da vinha, com a introdução de novas castas e com o aperfeiçoamento de certas técnicas de cultivo. Além de grandes apreciadores de vinho, havia também a necessidade de se abastecer Roma, onde o consumo aumentava e a produção própria não satisfazia a procura.

Nem mesmo com a presença dos Árabes (séculos VIII-XII d.C.) a vinha desapareceu em Portugal. O Emir de Córdoba (hoje Espanha) que governava a Lusitânia (hoje o centro/sul de Portugal e parte de Espanha) mostrou-se tolerante para com os cristãos no território e não proibiu a cultura da vinha nem a produção de vinho, desde que estes se dedicassem à agricultura. Curiosamente entre os séculos XII e XIII, o vinho é o principal produto exportado a partir do território que viria a ser Portugal.

A fundação de Portugal aconteceu em 1143 por Dom Afonso Henriques, e a conquista da totalidade do território português aos Árabes em 1249, permitiu a instalação de várias ordens religiosas.

 

 

Dado o papel do vinho nas cerimônias religiosas, as ordens tiveram um papel fundamental no incremento da cultura da vinha. O vinho passa também a fazer parte da dieta dos Portugueses.

Com o aumento da exportação para os mercados do Norte da Europa na segunda parte do século XIV a produção de vinho tem um grande desenvolvimento.

No período dos Descobrimentos (século XV e XVI) os vinhos portugueses constituíam lastro nas naus e caravelas que comercializavam os produtos trazidos do Brasil e do Oriente. Em meados do século XVI, a cidade de Lisboa era o maior centro de consumo e distribuição de vinho do império.

Aqui podemos começar a entender o percurso histórico das atuais regiões vitivinícolas Portuguesas e o prestígio de certos vinhos como os vinhos de Lisboa, Porto ou Madeira.

A exportação de vinhos conheceu um novo incremento com a assinatura do Tratado de Methuen entre Portugal e Inglaterra em 1703. Nele ficou estabelecido um regime favorável para a exportação de vinhos Portugueses para Inglaterra em detrimento dos vinhos Franceses.

Conhecido pela reconstrução de Lisboa após o terremoto em 1755, o Marquês de Pombal então primeiro-ministro do reinado, menos de um ano depois, em 10 de setembro de 1756, demarcou a região do Douro.

A fama que o vinho do Porto tinha adquirido, originou num aumento da procura. Os produtores rapidamente responderam, contudo, a qualidade decaiu, o que esteve na origem de uma grave crise que foi reparada com a demarcação da região e a criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, com o fim de disciplinar a produção e o comércio dos vinhos da região.

 

 

O final do século XIX foi um período negro para a vitivinicultura na Europa. A praga da filoxera, apareceu inicialmente na região do Douro em 1865, rapidamente se espalhou por todo o país, devastando a maior parte dos vinhedos. Apenas na região de Colares (solos arenosos) as vinhas foram imunes, porque a filoxera (inseto) não se desenvolve neste tipo de terreno. A solução chegou para descanso de todos os produtores de vinho Europeus com os porta-enxertos, usados desde então.

Em 1907/1908 Dom Manuel II (último rei de Portugal) constituiu as denominações – Dão, Colares, Vinho Verde, Carcavelos, Setúbal, Madeira para a produção de vinhos.

A Junta Nacional do Vinho foi criada em 1937, durante o regime do Estado Novo (1926-1974) com o objetivo de regulamentar o equilíbrio entre a oferta e o escoamento dos vinhos Portugueses, a evolução das produções e o armazenamento dos excedentes, em anos de grande produção, de forma a compensar os anos de escassez.

Veio a ser substituída em 1986 pelo atual Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) no momento da adesão de Portugal à União Europeia.  

Surge, nessa altura, uma nova perspectiva na economia portuguesa e, consequentemente, na viticultura. O conceito de Denominação de Origem foi harmonizado com a legislação comunitária europeia, reforçando-se a qualidade dos vinhos portugueses.

Foram constituídas Comissões Vitivinícolas Regionais (CVR)* para a preservação da qualidade e do prestígio dos vinhos Denominação de Origem e Regionais, tendo como função o controle, certificação, fiscalização e promoção de vinhos produzidos na região.

Atualmente Portugal tem 29** Denominações de Origem e 14 Indicações Geográficas.

Os últimos 20 anos foram sobretudo de reconhecimento dos vinhos Portugueses além-fronteiras. Para isso muito contribuiu a originalidade e o aumento da qualidade dos vinhos, junto com uma oferta variada.

A presença em Cartas de Vinhos de restaurantes conceituados, centenas de medalhas arrecadadas em concursos anualmente, enólogos e produtores de vinhos premiados por reconhecidas publicações internacionais, são sinais de um setor vibrante.

Décimo primeiro produtor de vinhos mundial, décimo lugar na exportação por volume e nono em valor, com cerca de metade dos produtores a produzirem menos de 100 mil garrafas ano, os vinhos Portugueses são sobretudo consumidos no próprio país onde o consumo per capita em 2020 foi de 51,9 litros.

Os vinhos Portugueses são ainda um segredo que poucos conhecem.

 

* As regiões do Douro e Madeira são excepcionalmente regulamentadas pelos Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) e Instituto do Vinho Bordado e Artesanato da Madeira (IVBAM) respetivamente.

** Há uma 30ª Denominação de Origem (Lourinhã) que é exclusiva para Aguardentes Vínicas.

Adaptado do website do IVV

Dados estatísticos referentes a 2020 (fonte relatório da OIV)

 

REGIÕES VITIVINÍCOLAS DE PORTUGAL

 

Vamos viajar por Portugal e conhecer com um pouco mais de detalhes algumas das suas regiões vitivinícolas. A viagem vai acontecer do Norte para o Sul. Recomendamos a leitura acompanhada de um copo de vinho da região!

 

 

VINHO VERDE  

Esta Denominação de Origem existe desde 1908, tendo sido regulamentada no ano de 1926, e estende-se por todo o noroeste de Portugal, na zona tradicionalmente conhecida como Entre-Douro-e-Minho. Em termos de área geográfica é a maior Região Demarcada Portuguesa, e uma das maiores da Europa. Ocupa cerca de 24 mil hectares, o que corresponde a quase 15% da área vitícola nacional.

É uma região em forma de anfiteatro exposta à influência do oceano Atlântico, mais, a orientação dos vales dos principais rios, facilita a entrada dos ventos marítimos. Esta influência atlântica, os solos na sua maioria de origem granítica, o clima ameno e elevada precipitação, traduzem-se na frescura, leveza e elegância dos vinhos desta região.

Porém variações na tipologia de solos e microclimas justificaram a repartição da região em nove sub-regiões, com diferentes castas recomendadas à produção de vinhos.

Nesta região fazem-se vinhos brancos, rosés, tintos e até espumantes naturais. Os vinhos Brancos da região Vinho Verde, os mais consumidos e exportados são geralmente ligeiros, frescos, pouco alcoólicos, exuberantemente aromáticos e ainda há os que te deixam a boca um pouco doce no final.


Há uma sub-região a destacar-se nos últimos anos – Monção Melgaço. Aqui a casta Alvarinho é rainha e os vinhos muito diferentes dos restantes. Apresentam habitualmente mais atitude no copo, mais grau e complexidade no final de boca com potencial de longevidade em garrafa.

 

DOURO  

A Região Demarcada do Douro representa duas Denominações de Origem: Porto e Douro.

Atravessada pelo rio Douro que nasce em Espanha mais os seus afluentes que escavaram ao longo do tempo a sua passagem por entre vales.

Para cultivar a vinha nesta região íngreme e considerada de montanha, houve a necessidade de construir-se terraços. A região tem uma área de 247.420 hectares dos quais 43.500 são vinha.

 

 

É uma região com um solo majoritariamente xistoso (há algum granito). Solos pobres em matéria orgânica o que faz a videira ter de lutar para sobreviver.

As vinhas com exposição a sul, por norma recebem temperaturas mais altas do que as vinhas viradas a norte e regista-se uma diferença entre 2-3.ºC entre as vinhas plantadas a 100 e a 400m de altitude.

Um conjunto de serras criam uma barreira no limite oeste da região do Douro, protegendo-a dos ventos húmidos marítimos. Menos pluviosidade do que no litoral Norte de Portugal, mesmo assim há uma grande variação dentro da região do Douro. 

Aqui vai encontrar a maior diversidade de castas Portuguesas e os vinhos são habitualmente de lote. Das 250 castas autóctones portuguesas, 115 estão autorizadas no Douro.

Tipicamente associada à região do Douro é a vinificação em lagar. Tanque de granito largo e pouco profundo, que permite produzir vinhos com maior extração de cor e taninos, o que lhes confere, de uma forma geral, um bom potencial de envelhecimento.

 

 

Em 1986 foi reconhecida a Denominação de Origem Douro para a produção de vinhos brancos e tintos. Desde então que o Douro é muito mais do que vinho do Porto.

 

DÃO  

Situada no centro do extremo inferior do norte de Portugal a região do Dão assenta no maciço ibérico e ocupa, quase totalmente, a metade sul da província da Beira Alta, estendendo-se por uma área de 3.760 km², das quais cerca de 5% são ocupadas pela vinha, com uma área de 20.000 hectares.

Resguardada da influência atlântica, o clima no Dão é temperado, com verões quentes e secos e invernos pluviosos e moderadamente frios. Cerca de 90% das vinhas do Dão encontram-se em terrenos graníticos geralmente da fraca fertilidade.

Atualmente, quase 80% da produção da região são vinhos tintos, em muitos deles a casta coqueluche Touriga Nacional está presente.

Hoje o Dão oferece vinhos dominados pela extração, pela cor carregada, por poucas castas autorizadas, apenas 9 brancas e nove tintas, todas portuguesas.

 

TEJO  

Uma região renovada com um aumento qualitativo de seus vinhos pelo surgimento de novos produtores, desde a década de 90 do século XX.  

É uma área fortemente agrícola caracterizada por planícies, apenas com duas serras ao norte. Os solos variam consoante à proximidade ao rio Tejo, mais ou menos férteis, desde argilo-calcários a arenosos.

A região apresenta clima moderado mediterrânico, contudo sofre a influência do rio, por isso as estações do ano são amenas.  O rio imprime frescura, com manhãs e noites bastante frescas.

A legislação da CVR permite a elaboração de vinhos com castas portuguesas e estrangeiras.

Sempre com o rio Tejo como espinha dorsal, a CVR em 2009 mudou o classificativo dos vinhos de Ribatejo para Regional Tejo e DOC do Tejo.

 

LISBOA  

A área geográfica para vinhos Regional/IGP Lisboa é a mais diversificada. Vendo o mapa vai verificar que ela engloba várias DOC’s. Pode apreciar todos os tipos de vinho que existem: tranquilos, espumantes, licorosos (Carcavelos) e até terminar a refeição com uma aguardente vínica (Lourinhã) sem sair de Lisboa.

A designação Vinhos de Lisboa, ou seja, vinho Regional/IGP Lisboa existe desde 2009.

A região estende-se entre as cidades de Lisboa e Leiria, com cerca de 140 km em comprimento e entre 20 e 40 km em largura, sendo delimitada pelo oceano a Oeste. Esta área vitivinícola tem cerca de 30 mil hectares e engloba 9 DOC’s.

 

 

Os solos são argilo-calcário e argilo-arenoso. O clima é temperado, sem grandes extremos térmicos. A influência Atlântica é um denominador comum – ameniza as temperaturas de verão através das brisas marítimas e frequentes neblinas matinais que, dado ao relevo não muito elevado (exceto a Sul), proliferam facilmente para o interior.

Aqui, você vai encontrar as mais tradicionais castas portuguesas bem como as mais famosas internacionais. São mais de 19 mil hectares de vinha. A diversidade de Lisboa está também presente nos seus vinhos se considerarmos a cor, a riqueza alcoólica, a acidez, a estrutura, marcam a diferença, principalmente se apreciados à mesa.

 

BUCELAS  

A cerca de 30 minutos de viagem a partir da cidade de Lisboa, a DOC Bucelas com apenas 142 hectares de vinha é a única DOC em Portugal que produz exclusivamente vinhos brancos, predominantemente a partir da casta Arinto. Os vinhos de Bucelas são famosos desde o século XVII quando eram muito apreciados na corte Inglesa.

 

PENÍSULA DE SETÚBAL  

A história vitivinícola da região da Península de Setúbal perde-se no tempo. Nenhuma outra região de Portugal tem tantas diferenças geográficas, com a existência de planícies, serras e encostas, além dos Rios Sado e Tejo e a proximidade com o Oceano Atlântico.

Situada no litoral oeste, a sul de Lisboa, faz fronteira com o Alentejo. Possui uma área de 6400 hectares de vinha. A conjugação de altitude, serra, solos argilo-calcários e clima ameno com influência marítima dão vinhos de paladar convidativo a beber.

O designativo Regional/IGP Península de Setúbal inclui duas DOC – Palmela e Setúbal. Esta última exclusivamente para a produção de vinho licoroso de Moscatel.

A presença de vinhas em terras planas compostas por solos de areia perfeitamente adaptados à produção de uvas de qualidade, bem como de um relevo mais acentuado, com vinhas plantadas em solo argilo-calcários, protegidos do Oceano Atlântico pela Serra da Arrábida, resulta numa produção de vinhos reconhecidos nacional e internacionalmente.

O clima é misto, subtropical e mediterrânico. Influenciado pela proximidade do mar, pelas bacias dos rios Tejo e Sado e pelas serras e montes da região. A consistência climatérica ano após ano, permite igualmente maior estabilidade na quantidade e qualidade das colheitas.

Outra região vitivinícola com uma geração de novos enólogos, nascidos e criados na região. Caracterizam-se por alguma falta de conformismo e forte irreverência, produzindo vinhos fora da caixa e nutrem uma relação saudável entre eles. E isso sente-se nos vinhos capazes de agradar a todos em vários momentos.

 

ALENTEJO  

Região de ondulantes planícies, o Alentejo apresenta uma paisagem relativamente suave e plana que se estende por quase um terço do sul de Portugal continental.

Apesar das diferenças regionais vincadas, da multiplicidade de castas presentes nos encepamentos, da heterogeneidade de solos que caracteriza o Alentejo, com afloramentos dispersos de barros, xisto, granito, calhau rolado, calcários e argilas, existem inúmeros traços comuns nos vinhos da grande planície alentejana. 
Os vinhos tintos Alentejanos apresentam à partida fruta farta e sedutora, suavidade, corpo cheio.

A área de vinha certificada para Regional Alentejano são um pouco mais de 6.000 hectares. Aqui não existe grande diferença entre DOC e Regional/IGP em termos de qualidade exigida para aprovação na câmara de provadores da CVR.

A orografia relativamente plana do Alentejo e extensão de vinhas oferecem possibilidade de mecanização o que reduz o custo de produção. O clima quente e seco durante a maturação e vindima minimiza a carga de doenças na vinha.

Recentemente têm surgidos vinhos de vinhas plantadas no alto Alentejo (Nordeste), na Serra de São Mamede (Portalegre) junto à fronteira com Espanha e outros de vinhas com proximidade ao oceano Atlântico (Sudeste). São vinhos com características bastante distintas, dada a altitude ou clima de influência marítima.

Vinhos com notas de fruta mais vibrante, acidez e elegância que vêm afirmar uma vez mais a fama justificada dos vinhos Alentejanos.

 

ALGARVE  

O Algarve é uma região em anfiteatro virada ao sul. Tem clima acentuadamente mediterrânico. Ameno pela influência do oceano Atlântico e, simultaneamente, quente e seco, pela existência de serras ao norte. Por causa destas, é uma região com reduzidas amplitudes térmicas e com uma média de 3.000 horas de sol por ano.   

Demarcada em 1980, a região registou nos últimos anos uma evolução bastante positiva ao nível do aumento do número de produtores, área de vinha, produção e colocação dos vinhos além-fronteiras Algarvias.

No Algarve existem quatro DOC’s: Lagoa, Lagos, Portimão e Tavira. Porém, cerca de 80% dos vinhos são comercializados como Regional/IGP Algarve.

Os solos apresentam uma grande diversidade, franco-arenosos, argilo-arenosos, argilo-calcários ou xistosos. Às castas mais tradicionais, os mais recentes encepamentos demonstraram a aptidão da região para outras castas Portuguesas e internacionais. Nos últimos anos foram restruturados 400 hectares de vinha.

Há muito Algarve além das praias.

 

Dados estatísticos de 2019-2020 fornecidos pelas CVR’s.

 

INDICAÇÃO GEOGRÁFICA

Os vinhos em Portugal e na União Europeia são classificados com base no local de proveniência das uvas e cumprimento da legislação. Desde a compra do pé de videira no viveirista que tem de ser certificado ao vinho chegar à garrafa, tudo é registado num detalhado e extenso caderno de encargos.

Antes de engarrafar o vinho, o produtor tem de enviar o lote para aprovação na Comissão Vitivinícola Regional (CVR). 

O lote é sujeito a uma análise laboratorial onde se mede álcool, acidez, açúcar residual, sulfitos, etc. depois na câmara de provadores, faz-se uma segunda análise e o vinho é pontuado numa escala de 0 a 100.

Esta é uma análise sensorial e tal como o nome diz, a cor, aroma e sabor do vinho são avaliados com base nos requisitos da região, para vinhos Denominação de Origem Controlada ou Regional.

 

Denominação de Origem Controlada (DOC)

Menção tradicional especifica que designa os vinhos com Denominação de Origem aos quais é conferida proteção nos termos estabelecidos na regulamentação.

Estes vinhos estão sujeitos a regras específicas de controle que visam garantir a autenticidade e qualidade da região.

Por sua vez os vinhos DOC podem ser rotulados como Denominação de Origem Protegida (DOP), classificativo reconhecido a nível comunitário.

 

Vinho Regional ou IGP

Menção tradicional específica prevista para a rotulagem dos vinhos com direito a indicação geográfica, aos quais é conferida proteção nos termos estabelecidos na regulamentação.

Também os vinhos Regional podem ostentar no rotulo o classificativo comunitário Indicação Geográfica Protegida (IGP).

 

Na prática, o que significa?

Primeiramente o local onde estão as vinhas, que devem estar plantadas dentro dos limites contemplados para a região. E porque tudo começa na vinha, o tipo de solo onde estão plantadas as vinhas, a forma da condução das videiras, quais as castas e até a quantidade de toneladas vindimadas por hectare é legislado.

São fatores que podem fazer um vinho ser DOC ou “desclassificado” para Regional.

Na adega, os métodos de vinificação, o volume de álcool do vinho e a data mínima de engarrafamento são também considerados.

O veredito final acontece com a aprovação pela câmara de provadores da região correspondente, composta por um grupo de homens e mulheres treinados na prova dos vinhos dessa mesma região e profundos conhecedores do perfil desses vinhos. 

Em prova cega o lote é então pontuado de 0 a 100 pontos. Sendo que a pontuação também vai repercutir a sua classificação entre DOC ou Regional.

Os vinhos com pontuação mais elevada podem usar designativos de qualidade**, como por exemplo, Colheita Selecionada, Superior, Reserva ou Grande Reserva.

Hoje, cada vez mais a distinção entre DOC e Regional/IGP nada tem a ver com o fato do vinho ser “melhor” ou “pior” ou até mesmo com o preço da garrafa. Podemos encontrar vinhos com os mais variados estilos, para as mais diversas ocasiões e a preços tentadores dentro de cada uma destas classificações. 

Se prefere vinhos com um profundo sentido de origem, então opte pelos DOC. Enquanto nos vinhos Regional/IGP vai encontrar alguma modernidade.

Acredite, quando se trata de vinhos Portugueses, o difícil mesmo vai ser escolher! Por isso veja aqui os nossos kits especiais com uma seleção elaborada de vinhos prontos a serem apreciados.

 

* É da responsabilidade do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) certificar os vinhos sem indicação geográfica, que podem, contudo, indicar o ano de colheita ou a casta no rotulo. São os vinhos classificados como – Vinho.

** Algumas CVR’s exigem estágio em madeira para o uso destes designativos de qualidade.

Fonte legislativa: IVV

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